Lisboa – Um fim-de-semana a passear pela Baixa

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É certo que aquilo que me dá mais prazer na vida é viajar (comer e beber também, claro) mas isso nem sempre implica sair de Portugal.

A nossa Terra é perfeita (sim, eu sei, sou suspeita), tem um pouco de tudo, praia, rio, montanha, campo, história, gastronomia, um povo simpático, segurança e muito, muito mais, a verdade é que me dá um gozo enorme andar a percorrer o meu país!

Por isso, desta vez vamos “viajar” um fim-de-semana pela capital.

Lisboa2015 - 35Vista do Castelo de São Jorge

Há umas semanas atrás deslocamo-nos a Lisboa para experimentar duas novidades hoteleiras, o magnífico PortoBay Liberdade (ver), e a estonteante Pousada de Lisboa (ver), o que nos permitiu aproveitar para revisitar uma das nossas cidades de eleição.

O tempo era curto, e de trabalho (sim, porque isto parece, mas não é só boa vida!) e dessa forma optamos por deambular pela Baixa.

 Lisboa2015 - 55A Visão de Marquês de Pombal, patente no Arco da Rua Augusta

Lisboa tem uma história e cultura sem igual, já passou por um período neolítico, romano, muçulmano, e sob a alçada de Afonso Henriques no século XII foi reconquistada, mantendo-se desde então como o centro político, financeiro e cultural do país. Após o terramoto de 1755, a visão do Marquês de Pombal trouxe à cidade o glamour e a elegância das grandes cidades europeias.

Portobay - 11mNo dia em que chegamos já era tarde e por isso ficamo-nos pelo PortoBay, a relaxar no jacuzzi do Deck7 e mais tarde a jantar no Bistrô4 (e que jantar! – ver).

Noite bem dormida, energias recarregadas com um pequeno-almoço digno de Reis, é hora de deambular pela cidade e descobrir a sua verdadeira essência.

Lisboa2015 - 1Príncipe Real

Quem conhece o blog sabe que somos peritos em caminhar horas e horas simplesmente a apreciar tudo que nos rodeia, seja um jardim, um monumento, um edifício mais clássico, outro mais contemporâneo, uma simples loja, uma pastelaria, um parque, uma ruela, ou simplesmente o desenrolar do percurso de cada pessoa com quem nos cruzamos.

Adoramos consumir a vida que cada local nos consegue transmitir, e isso sim, é o mais importante e o mais enriquecedor duma viagem.

Lisboa2015 - 2Príncipe Real

Começamos por passear pela recuperada e agora cosmopolita zona do Príncipe Real, bem localizado no coração de Lisboa, junto ao Jardim Botânico, ao Bairro Alto e a apenas uns minutos a pé do Chiado.

Este local já serviu, outrora, de palco a um mercado de porcos e à feira das Amoreiras. Mais tarde sofreu uma organização diferente, alinhando-se numa praça e também num jardim. Aquele que é atualmente o Jardim França Borges.

O jardim foi concebido segundo o estilo romântico inglês e nele destacam-se várias espécies arbóreas, com um enfâse especial para o enorme cedro-do-Buçaco, com vinte metros de diâmetro (lindíssimo).

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No centro da praça do jardim encontra-se um lago circular rodeado por roseiras, sob o qual se aloja o Reservatório da Patriarcal, parte do Museu da Água.

Existem também quiosques, alguns com serviço de cafetaria, onde podemos observar a vida agitada de Lisboa em momentos de pausa!

Em torno do jardim, podem observar-se palacetes do século XIX, como o Palacete Ribeiro da Cunha, de estilo neo-árabe. Ao Sábado é imperdível o Mercado Biológico do Príncipe Real onde se abastecem muitos dos famosos chefs da cidade.

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Bem próximo deste jardim, aliás, outrora alimentado pelo reservatório da Patriarcal, encontramos um dos pontos que nos garante uma vista de cortar a respiração sobre Lisboa, o Miradouro de São Pedro de Alcântara.

Este belíssimo local está inserido num jardim com um pequeno lago, cuja imponência da paisagem nos transporta para longe. Aqui vislumbramos o leste da cidade, e a margem sul do rio Tejo.

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Mesmo ao lado do Miradouro temos a mítica Calçada da Glória, que liga o Bairro Alto à Praça dos Restauradores através do seu Elevador, que faz as maravilhas de qualquer lente fotográfica!

Aqui fizeram, há um século atrás, provas de ciclismo, a chamada Subida à Glória, que se retomou agora em 2013.
Esta magnifica obra do ascensor data de 1885 pelas mãos dum engenheiro português mas de origem francesa, responsável por muitos projetos do mesmo género, Raoul Ponsard. Já se fez, outrora, esta travessia à luz da vela, mais tarde, já em 1915 passou a ser movido a eletricidade.

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Pensamos descer o ascensor, mas como queríamos almoçar na zona do Príncipe Real deixamo-nos ficar cá por cima e optamos por deambular pelas ruas e ruelas do Bairro Alto, que por sinal, são bem mais calmas durante o dia. Apesar de adorar a frenética noite deste bairro, também é bom descobri-lo durante o dia e conhecer as suas verdadeiras origens e gentes.

Lisboa2015 - 12Street Art no Bairro Alto

Sem rumo fomos descobrindo cada ruela estreita, com diferentes bares e restaurantes, com lojas e edifícios seculares e tentando também imaginar como seriam as noites naquele local no antigo século XVI.

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Certamente, tão ou mais animadas que as de hoje, aliás, tudo indica que terá sido um lugar de muita prostituição, mas também, já no século XX, um lugar da boémia lisboeta, frequentado por artistas, escritores e jornalistas, aliás foi a sede de muitos jornais.

A Cevicheria - 1

Já bastante cansados e com fome (algo que, infelizmente, insiste em perseguir-me o dia todo!) voltamos ao Príncipe Real para uma visita ao restaurante do jovem, mas brilhante Chef Kiko Martins, A Cevicheria, descansamos e saímos deliciados com um almoço que ficou na memória (ver).

Preparados para continuar e com um ou outro desejo menos cultural e mais fútil, decidimos ir às compras, e qual o melhor local para o fazer?!

Sim, deve haver vários, eu sei, mas nós optamos pela imensa e famosa Avenida da Liberdade, sim, porque, com muita pena minha, ao Porto falta-lhe uma avenida assim, que reúna as grandes marcas, mas pronto, tem muitos outros encantos, como é óbvio (não quero guerras entre portuenses e lisboetas nos comentários!).

Após o terramoto de 1755, Marquês de Pombal mandou construir o Passeio Público na área atualmente ocupada pela parte inferior da Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores. Inicialmente este era rodeado por muros e portões por onde só passavam membros da alta sociedade. Porém, em 1821, o rei D. João VI ordenou que os muros fossem derrubados para que toda a gente pudesse circular livremente pelo Passeio.

A avenida, como nós a vemos atualmente, foi construída entre 1879/1882 no estilo dos Champs Elysees em Paris e atualmente serve de palco a cortejos, festividades e manifestações, conservando sempre a sua elegância, com fontes e esplanadas magníficas sob as árvores.

Esta liga a Praça dos Restauradores, a sul, à Praça do Marquês de Pombal, a norte.

Lisboa2015 - 53A Ginjinha – um dos clássicos da cidade de Lisboa

Continuamos a descer a Avenida e terminamos na idílica Praça dos Restauradores, enaltecida pelo seu obelisco de 30m de altura, que não deixa esquecer a libertação do país do domínio espanhol de 1640.

Lisboa2015 - 54A Estação do Rossio

Bem próximo desta praça temos uma das mais bonitas zonas da baixa, o Rossio ou a Praça de D. Pedro IV, com a maravilhosa Estação do Rossio a espalhar o seu charme.

Claro que nas zonas mais importantes das cidades, houve sempre um Hipódromo na era Romana (como adoro estes pormenores da história!), e também já foi navegável na era medieval, devido a um afluente do Tejo. Já foi local de feiras e mercados e circundado por vários edifícios importantes, mas os terramotos foram destruindo tudo e as reconstruções foram edificando aquilo que conhecemos hoje.

Nesta praça, que já foi o local de encontro de nomes importantíssimos como o de Bocage, já se viveu de tudo, touradas, feiras, festas, festivais, romarias, decapitações, enforcamentos, paradas militares, festas cortesãs, revoluções populares, e um sem fim de acontecimentos.

Hoje podemos observar momentos da história presentes, por exemplo, na Estátua de D. Pedro IV (vigésimo-oitavo rei de Portugal e primeiro Imperador do Brasil), no Teatro Nacional D. Maria II, e na imponente Estação do Rossio em estilo Manuelino.

Lisboa2015 - 25Chiado

Continuando o nosso percurso, há um local em Lisboa que não consigo deixar de parte sempre que a visito, o Chiado. O mais elegante, boémio e cosmopolita bairro da cidade.

Em 1856, com a criação do grémio literário, o Chiado tornou-se o centro do Romantismo Português, e ponto de passagem obrigatório para quem queria ver e ser visto na cidade.

Em 1988, na madrugada de 25 de agosto, deflagrou um incêndio no edifício Grandela, que viria a tomar proporções enormes e que destruiu parte do Chiado, altura em que este caiu completamente em decadência, tendo sido reavivado durante toda a década de 90 com design a cargo de Siza Vieira.

Lisboa2015 - 26Fernando Pessoa é companhia certa à mesa d’ A Brasileira

Alguns dos grandes nomes da literatura portuguesa estão imortalizados nas estátuas do Chiado, como é o caso da mediática estátua de bronze sentada num banco do Café A Brasileira, de Fernando Pessoa.

Passear por este local por si só já nos enaltece os sentidos mas para quem vai com mais tempo do que nós, há uma imensidão de sítios a entrar, Teatro S. Luiz, Teatro da Trindade, Teatro São Carlos (o único de ópera em Portugal), Museu Nacional de Arte Contemporânea, igrejas barrocas – a Igreja de Loreto e a Igreja Nossa Senhora da Encarnação, o Largo do Carmo com o Museu Arqueológico do Carmo, o mediático Elevador de Santa Justa e a Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, entre muitos outros locais de interesse.

Lisboa2015 - 52Elevador de Santa Justa

Terminamos o dia no movimentado Cais do Sodré, entre restaurantes e bares, mas como já não temos capacidade para diversão noturna (pelo menos hoje), optamos pelo Time Out Mercado da Ribeira, e deparamo-nos com a confusão de perceber o que escolher e onde comer (quero provar tudo, quase tudo, pronto!).

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Após algumas indecisões a escolha recaiu sobre o Prego da Peixaria, o João já conhecia, eu não, mas fiquei fã!
O Mercado, que já era bonito, não perdeu a sua traça original, apenas ganhou uma nova dinâmica.

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Barriguinha cheia, vamos lá conhecer e finalizar o dia na idílica Pousada de Lisboa, quem poderia pedir melhor?!

Pousada de Lisboa - 33mQuarto com vista sobre o Terreiro do Paço

Noite perfeita, pequeno-almoço ainda mais perfeito, e rumo a mais um dia a deambular pela Baixa Lisboeta.

Quem leu o nosso artigo da Pousada de Lisboa sabe que esta se situa no antigo Ministério Da Administração Interna em pleno Terreiro do Paço, e foi mesmo por aqui que começamos o nosso dia.

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Este local, também apelidado de Praça do Comércio, uma das maiores da Europa, já foi o local do palácio dos reis de Portugal durante dois séculos, hoje encontra-se ocupado por ministérios.

Esta praça é o elemento fundamental daquele que foi o plano de Marquês de Pombal após o terramoto de 1755 que destruiu o antigo Palácio Real cuja biblioteca albergava 70 mil volumes e centenas de obras de arte, nomeadamente de Ticiano.

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Nesta Praça já se desenrolaram alguns dos acontecimentos mais importantes do país, desde o fim da União Ibérica, o homicídio do Rei D. Carlos e seu filho, a revolução de 1910 e a proclamação da República, a Revolta do Movimento das Forças Armadas de 1974, entre outros.

Além das maravilhosas arcadas que formam uma ligação entre os diferentes edifícios da Praça do Comércio, o mais emblemático será, talvez, o Arco Triunfal da Rua Augusta e a estátua de D. José I.

A conjugação perfeita que se estabelece entre o Terreiro do Paço e o Tejo é um dos expoentes máximos da cidade.

Lisboa2015 - 61Esplanada Ribeira das Naus

O calor que se fazia sentir neste dia (mas por que é que o Porto não este clima?) era intenso e por isso fomos obrigados a parar para descansar um bocadinho, e escolhemos a recente Esplanada Ribeira das Naus, na remodelada Avenida Ribeira das Naus, a vista é a melhor que se poderia pedir, só nos restou escolher uma mesa à sombra e recuperar com uma bebida bem fresca.

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Daqui subimos a Rua das Flores em direção à Taberna da Rua das Flores, o já mítico estabelecimento de André Magalhães (a wikipedia portuguesa de Gastronomia), para um almoço com um dos mais interessantes Lisboetas com quem temos a felicidade de privar, André Ribeirinho, o fundador do projeto Adegga (ver).

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Ao almoço a experiência na Taberna é bastante distinta do Jantar, com uma oferta mais curta e pratos mais reconfortantes e menos criativos, pelo que a verdadeira mostra deste fantástico espaço fica para um outro artigo, numa outra passagem pela capital.

Tabernaruadasflores - 5 Cataplana de Pescada

Comemos muito e bem, a começar pelo fantástico Queijo Fresco da Queijaria das Romãs, o Salmorejo, o entrecosto de vitela com puré de aipo, a cataplana e claro a imperdível Mousse de Chocolate com azeite e flor de sal.

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Após um excelente almoço, subimos até ao Largo de Camões com a imponente estátua do poeta ao centro, e fomos diretos à Manteigaria, como este fim-de-semana foi curto e não deu para passar em Belém optamos por levar daqui os divinais pastéis de nata, não fosse a família maltratar-nos se chegássemos a casa sem esta iguaria!

Verdade seja dita, estes não ficam nada a perder para os famosos pastéis de Belém.

manteigaria - 1Os deliciosos pastéis de Nata da Manteigaria

Antes de rumarmos ao Porto, havia ainda mais dois locais que eu não queria perder, a Sé e o Castelo de São Jorge, quer a um quer a outro só tinha ido em pequena, e queria revisitá-los.

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Isto significava também andar a deambular pelo mais antigo e um dos mais típicos bairros de Lisboa, Alfama.

Este peculiar e popular bairro é um dos mais bonitos e seguros de Lisboa, e assemelha-se quase a uma aldeia, os seus restaurantes, as suas casas de fado e as suas festas de Santos Populares fazem deste bairro um dos meus preferidos.

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Quanto à Sé de Lisboa ou Igreja de Santa Maria Maior, a sua construção foi iniciada na segunda metade do século XII após a tomada da cidade aos Mouros por D. Afonso Henriques, provavelmente no local onde existia uma antiga mesquita, e conjuga diferentes estilos arquitectónicos, o românico, o gótico e o barroco.

Quem me conhece sabe bem a minha paixão por arte sacra, e sempre que tenho oportunidade de entrar numa igreja, entro. Nesta, ainda tive a sorte de ter um encontro imediato de primeiro grau com o célebre Joaquim de Almeida!

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Daqui seguimos, então, a subir (muito mesmo) até ao Castelo de São Jorge.

O seu nome deriva da devoção do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João I no século XIV.‪‬

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Mas, desengane-se quem acha que o seu aspeto medieval se deve ao seu perfeito estado de conservação, porque não foi isso que aconteceu (infelizmente).
Ao longo do tempo o castelo, assim como as diversas estruturas militares de Lisboa, foi sendo remodelado, sendo que no século XX já se encontrava em avançado estado de ruína. Na década de 40 foram realizadas variadíssimas obras de reconstrução, levantando-se grande parte dos muros e alteando-se as torres.

Lisboa2015 - 41No entanto, não deixa de ser monumental que este local seja a mais alta colina do centro histórico, proporcionando uma das mais belas vistas sobre a cidade e o Tejo.

Lisboa2015 - 45Esta esplanada tem certamente uma das melhores vistas para o Pôr do sol em Lisboa

E sim, conseguimos na mesma imaginar histórias de reis e rainhas, de lutas e de jogos, de guerras e de triunfos!
A entrada no Castelo é paga e tem um custo de oito euros, mas vale bem a pena, até porque tem um dos mais idílicos cenários do pôr-do-sol da cidade de Lisboa.

  Lisboa2015 - 48       Lisboa2015 - 50       Lisboa2015 - 38

Por muito bem aproveitado que tenha sido este fim-de-semana, não foi de todo suficiente, razão pela qual temos que voltar a Lisboa o mais rápido possível! Há tanta coisa para fazer nesta cidade, tanta cultura, tantos restaurantes, mercados, lojas, tanta vida… poderia facilmente ir a Lisboa uma vez por mês.

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Para alguns de vós que vão com mais tempo aconselho-vos a fazer grande parte deste percurso, que fizemos neste fim-de-semana, duma forma também diferente, através do Elétrico 28, o mais mediático da cidade. De manhã bem cedo (para evitar as grandes filas), apanhem-no na Basílica da Estrela e vivam a história e a natureza da cidade através das janelas deste pitoresco meio de transporte.

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Podem fazer o percurso todo seguido duma ponta à outra, ou ir saindo em diferentes paragens e usufruindo de cada local em particular. Para isso existem os bilhetes individuais ou então os passes de 24h, escolham a opção que melhor serve os vossos gostos.

Bem, só me resta concluir que por muito que viaje para fora de Portugal, este continua a ser um dos meus países preferidos para desbravar!

Onde Ficar
Pousada de Lisboa
PortoBay Liberdade

English Version

Fotos: Flavors & Senses

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2 Comments

  1. Posted Agosto 20, 2015 at 8:32 pm | Permalink

    Lisboa é linda!! 😀

    Portugal tem encantos incomparáveis, locais inesquecíveis e muito por descobrir. É bom viajar “cá dentro”!

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