Logo à partida, o Porto Wine Fest prometia um evento fantástico, uma localização idílica, muitos e bons chefs, vinho do Porto e um clima fantástico que se tem vivido durante o mês de Setembro. O evento, 1º do género em Gaia, teve como principal objectivo dinamizar as provas de vinhos, especialmente o Porto, junto dos Turistas e dos locais, que continuam a não ser grandes consumidores do seu afamado néctar.
No campo gastronómico a grande aposta diferencial, foi para os duelos, tanto para chefs, como para cozinheiros improváveis, onde passaram desde o presidente da câmara, Luís Filipe Menezes a jogadores de futebol. No que a chefs diz respeito, pude assistir ao duelo entre Alexandre Silva (Top Chef e antigo chef do encerrado, mas fantástico Bocca) e Nuno Barros (1300 Taberna na Lx Factory). Os duelos com base no vinho do Porto, decorriam calmamente em clima de amizade , apresentado por Nuno Inverneiro. O único senão terá sido mesmo a escolha anónima dos jurados entre o público, acho que apesar do clima descontraído se poderia dar um pouco mais de credibilidade ao momento. A vitória recaiu sobre Nuno Barros por um ponto.
Alexandre Silva, Vinhos à prova na Quinta do Noval, Nuno Barros e os jurados do duelo de chefs, as longas filas para para os cocktails com vinho do Porto do Bar Portotónico.
A entrada no evento custava 5€ e dava aos visitantes o direito a 5 senhas para provas de vinhos e senhas para aulas práticas ou provas acompanhadas, além do copo oficial do vinho do Porto desenhado por Siza Vieira. Nas provas, o meu destaque foi para a Quinta do Noval, com o seu LBV de 2005 ou os tintos Cedro do Noval e Quinta do Noval Touriga Nacional (fantásticos) e para a Taylor’s onde os visitantes mais endinheirados poderiam fazer a prova do seu famoso e caro Scion, um tawny com mais de 150 anos. Um dos mais recentes bares da cidade, O Portotónico, era um dos espaços mais concorridos do evento onde o destaque vai para os cocktails com Porto.
Chef Vítor Matos da Casa da Calçada
No campo das comidas, eram muitos os espaços que disponibilizavam pequenos pratos e petiscos a bons preços, entre eles, o Foz Velha, D. Tonho, Bacalhoeiro, A Taberninha do Manel (a mais concorrida, com os seus chouriços assados) e a Casa da Calçada, onde degustamos uma fantástica Sandwich de lavagante e uns belos doces conventuais criados pelo chef Vítor Matos.
Sandwich de Lavagante
Para as aulas, as filas eram demasiado extensas, no entanto, ainda pudemos vislumbrar um pouco da aula de João Pupo (Casa de Pasto da Palmeira), que apesar da tenra idade tem feito um trabalho bastante interessante no que a tascas modernas diz respeito, e da aula de sushi de António Vieira (Shis). Aulas em espaços bem conseguidos, confortáveis e com bom equipamento.
João Pupo, espaço Taylors
Em suma, o Porto Wine Fest foi um dos melhores eventos enogastrónomicos já organizados no grande Porto, quer seja pela localização, pela grande influência do clima, mas essencialmente por uma organização muito boa e um espaço muito bem criado e estruturado. Agora resta esperar que no próximo ano o evento se repita e que cresça cada vez mais e melhor.
